4 de julho de 2008

A grande ilação: “Uma mentira repetida, várias vezes, torna-se verdade”, Joseph Goebbels.

A Universidade de Harvard propõe o estudo da Psicologia Positiva. Elucido: “Estudo científico do funcionamento humano óptimo”. A Psicologia Positiva instrui, entre outras coisas, a tornar-se feliz. O fim último da civilização: a fórmula da felicidade. Arroga que atendamos com optimismo “ o mundo que nos rodeia”. Explicita que “a forma como vemos o mundo” traduz o modo como “o mundo olha para nós”.
A psicologia positiva traduz o optimismo oco, emotivo e popular pouco, ou nada, razoável. Tenho como verdade o seguinte: as massas mergulham no optimismo com medo de respirar verdade.
O pessimismo é racional, é duro, é obsceno, é perverso. Sou um forçado pessimista, prisioneiro da racionalidade, da analisa, da crítica arrogante e mordaz. O pessimismo é viciado, é pervertido e olham o fim com propósito.
A ideia de sociedade feliz é repisada na substância: também somos o que dizem que somos. Se dizem que somos felizes, logo, somos felizes. Fica a razão deixada ao abandono. Só é opinião o pensamento pessimista, todo o resto é contemplação.
Substancio o meu derrotismo no seguinte: ou percebo, continuamente, que tenho razão ou sou agradavelmente surpreendido.

André Manuel Vaz